Pirataria

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Nesta sexta-feira, dia 5, foi realizado mais um Fórum Soja Brasil da safra 2018/2019, diretamente da feira Exposoja, Em Abelardo Luz (SC). O evento, que reuniu painelistas renomados, discutiu a importância de se investir em sementes de qualidade e também sobre a competitividade da soja diante da atual política tributária.

Mais uma vez, o auditório estava completamente lotado. Não à toa, pois contava com a presença de palestrantes como o pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Henning, o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), José Américo Rodrigues, o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa e o presidente do sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedroso.

Pirataria

O tema também ganhou destaque por se tratar de algo problemático para garantir a qualidade das lavouras. Segundo o presidente da Abrasem, a pirataria desestrutura o trabalho de pesquisa. “A partir do momento que não se recolhe royalties, para reinvestir em pesquisas e descobertas de novas variedades, é tirado o poder de reação frente a novas doenças e dificuldades e isso trará um prejuízo grave. Sem falar na baixa qualidade e falta de garantias para o produtor”, diz Américo Rodrigues.

“Pirataria também gera sonegação de impostos. Há três anos discutimos a atualização de nossa lei de proteção de cultivares, que até agora não serviram de nada e que estão atrasando nosso desenvolvimento. Foram discussões sem mediação do Mapa e de órgão especializados”, diz Rodrigues.

Uma pergunta da plateia, indagou o ex Fiscal Federal do Mapa, Adi Mário Zanuzzo, sobre o que limita a fiscalização dessas sementes piratas. “É um problema cultural. Não sabemos onde eles estão. Precisamos receber denúncias para encontrá-los, afinal o Ministério não tem capilaridade para fiscalizar o país todos. O produtor que compra sementes sem certificado está contribuindo para isso”, afirma.

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